Neutralidade e Interoperabilidade

Normas
Qual é o papel das normas técnicas de TIC no desenvolvimento de cidades inteligentes? Iniciativas para entender o contexto do uso de normas TIC no contexto das “Cidades Inteligentes” estão se proliferando em todo o mundo. O ITU-T tem um Grupo de Trabalho focado nas Cidades Inteligentes Sustentáveis mais informações aqui A IEC tem um Grupo de Avaliação de Sistema de Cidades Inteligentes mais informações aqui
ISO/IEC JTC 1 tem um Grupo de Estudos sobre Cidades Inteligentes mais informações aqui A ISO tem publicações sobre Cidades Inteligentes mais informações aqui. Como o Brasil (doutrina, governo, setor privado, organismos nacionais de normalização) está se posicionando nessa discussão global e como isso deve ser parte dos indicadores de desenvolvimento de países no futuro? Que ações podem ser tomadas no Brasil para que não sejamos apenas observadores passivos da discussão?

Catálogos de Dados Abertos e o respectivo ecossistema de aplicativos
“Dados Abertos” é um tópico fundamental quando pensamos em como podemos gerar benefícios sociais a partir da tecnologia. Com o avanço da legislação em direção à abertura de dados criados em todos os níveis do setor público e agências reguladoras, e também considerando o avanço da Internet das Coisas, com sensores capazes de capturar uma enorme quantidade de dados brutos que podem ser combinados com outros data marts de diferentes fontes, estamos em uma fase em que é possível oferecer uma API para deduzir e informar a localização de um grande conjunto de dados públicos disponíveis. Existem diferentes produtos no mercado para criar esses catálogos, tais como CKAN, Socrata e OGDI, entre outros. Seria interessante estudar como podemos criar um círculo de impacto positivo com os Dados Abertos, impactando os produtores de Dados Abertos, os hosters de catálogos, os arquitetos de soluções, os desenvolvedores de aplicativos de terceiros e mais importante, a sociedade como um todo, que então se beneficiariam dos resultados das atividades deste círculo. E também estudar as implicações éticas e sociais da liberação de grandes quantidades de dados abertos, incluindo medidas técnicas, legais e regulamentares que podem ajudar a evitar o abuso dos dados, e ao mesmo tempo promover a inovação.

  • Moedas Criativas como ecossistemas de pagamentos digitais em Iconomy

Esta proposta se refere à linha de pesquisa para os benefícios sociais gerados pela tecnologia, o que significa a realização de vários estudos de caso sobre as moedas criadas local ou socialmente, apoiadas por projetos de desenvolvimento humano, e que podem circular através de telefones celulares, tablets, computadores e sensores. Os estudos de caso devem lidar com soluções que fazem uso de sistemas abertos para suportar o desenvolvimento de uma economia criativa, bem como com as questões legais relacionadas ao uso dessas moedas e os dados criados e armazenados em sistemas tecnológicos que apoiam essa nova economia. A Internet das Coisas, onde objetos, sensores, dados, imagens e software estão misturados, permite a criação de mundos virtuais ou híbridos, novas moedas relacionadas a uma nova economia criativa – ou iconomy – e pode ocupar um lugar no mundo virtual, usando sistemas abertos para a sua sustentabilidade.

Impacto técnico- social do software de Código Aberto e software próprio nas organizações
Abordagens técnico-sociais para medir os impactos da tecnologia no ambiente humano estão chamando a atenção de muitos pesquisadores em todo o mundo. Os sistemas formais muitas vezes estendem seus limites e influenciam as atividades diárias dos atores responsáveis por interagir com eles. É comum que as pessoas se refiram à parte dos problemas organizacionais como “problemas do Sistema” ou “impossibilidades do Sistema” de forma que o processo real deve ser adaptado a um sistema de TI, e não o contrário. As pessoas normalmente tentam burlar esses formalismos e desenvolver regras paralelas fora dos modelos formais, a fim de poderem retomar suas flexibilidades ou responder melhor às necessidades de negócios. O objetivo deste estudo é avaliar e comparar se existe alguma diferença nos impactos técnico-sociais nas organizações que se baseiam no modelo de desenvolvimento de software.

Alternativas para computação de alto desempenho (HPC – , da sigla em inglês para High Performance Computing) usando OSS em ambientes de nuvem
A HPC é normalmente implementada com poder de processamento vertical em sistemas de multiprocessamento simétrico (SMP, da sigla em inglês para “symmetric multi-processing systems”). Nos últimos anos, tentativas de consolidar diversas unidades com sistemas SMP menos densos em fazendas horizontais de computação em grade trouxeram novas abordagens para lidar com HPC. Mais recentemente, com a necessidade das organizações de lidar com um grande volume de dados em tempo real, soluções de grade começam a ser usadas por empresas. O objetivo deste estudo é elaborar um guia de boas práticas para implementar um ambiente de HPC baseado em computação em nuvem, usando todos os recursos que poderiam melhor utilizar a capacidade distribuída de nós de computação em um único datacenter e até mesmo em todo o mundo. Programas de código aberto, como Hadoop e MPIs multiplataformas, podem ser avaliados como tecnologias usadas como cenários de implementação neste estudo.

Padrões abertos em computação em nuvem
O Brasil faz parte do subcomitê ISO para padrões abertos em computação em nuvem através da ABNT. Este estudo pretende contribuir para as discussões atuais deste grupo, oferecendo uma perspectiva baseada na pesquisa de campo com as empresas, sobre o que deve ser normalizado, através de provedores de nuvem em tópicos como: SLA, termos e taxonomias, qualidade de serviços e outras áreas.

Código Aberto em empresas – habilidades da equipe e questões de interoperabilidade
O ambiente real de TI em organizações é sempre misto e heterogêneo, composto por programas de diferentes provedores, incluindo softwares de Código Aberto. O objetivo deste estudo é criar uma pesquisa de campo e tentar medir, em empresas com diferentes tamanhos e de diferentes segmentos, os principais desafios da gestão de um ambiente misto. Também pode medir como as empresas estão lidando com questões de interoperabilidade relativas a papéis e responsabilidades, gestão de riscos e planos de continuidade de processos de negócios.

O CEST pode apoiar você no desenvolvimento desse tema, para mais informações clique aqui.